Até à próxima: 7 alternativas às embalagens descartáveis

Embalagens descartáveis
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A proliferação de embalagens descartáveis está prejudicando o planeta. Felizmente, existem cada vez mais alternativas reutilizáveis, sustentáveis e econômicas.

“Vida descartável”. A manchete na capa da revista Time, de 1950, não deixou dúvidas: as novas embalagens descartáveis prometem uma vida mais conveniente a troco de nada. O conceito espalhou-se rapidamente nas casas e empresas que procuravam uma alternativa à lavagem de utensílios.

Fonte: Time

A memória dessas escolhas continua muito presente. Cerca de 79% de todo o plástico já produzido continua existindo até hoje, em oceanos, rios, lagos e aterros sanitários. Apenas 9% foi reciclado, e o restante foi incinerado.

Cabe a todos reduzir o consumo de embalagens descartáveis e encontrar alternativas ao plástico. Estas são algumas das principais.

1. Vidro

O vidro é um material único na natureza. Feito de ingredientes naturais muito abundantes, este material dispensa a adição de químicos ou aditivos – uma garrafa de vidro é 100% vidro puro. Portanto, este material é uma das melhores opções para embalar alimentos ou medicamentos, sem risco de contaminação.

Os benefícios destas embalagens são claros: são sustentáveis, inertes, não ganham odores ou cores e são 100% e infinitamente recicláveis. O vidro é um dos poucos exemplos em que o mesmo material pode ser reciclado repetidamente sem perder a qualidade.

Por outro lado, o vidro também é um dos materiais preferidos dos consumidores – 85% das pessoas prefere o vidro ao plástico. Mas os benefícios continuam muito depois das pessoas terem perdido o interesse: a reciclagem de vidro é um sistema fechado, que não cria resíduos ou subprodutos adicionais.

Onde aplicar: recipientes e copos.

2. Aço inoxidável

Resistente à corrosão, ao choque e às altas e baixas temperaturas, o aço inoxidável é cada vez mais comum nas embalagens de alimentos e bebidas. É um material muito fácil de limpar e está disponível numa grande variedade de acabamentos de superfície. E o fato de poder ser polido torna-o agradável à vista.

É 100% reciclável e mesmo as novas peças contêm cerca de 50% a 80% de material reciclado. No entanto, o aço inoxidável nem sempre é o material mais barato para uma dada aplicação, quando são considerados apenas os custos iniciais. Mas a durabilidade e facilidade de manutenção compensam os custos iniciais e tornam este material a escolha mais barata a longo prazo.

Por todos estes motivos, o aço inoxidável é um material valioso que tem muitos usos numa ampla gama de indústrias.

Onde aplicar: talheres e embalagens.

3. Silicone

O silício é o segundo elemento mais comum na crosta terrestre, superando apenas o oxigênio. Com hidrogênio, areia, carbono e oxigênio obtém-se o silicone: material utilizado em praticamente todas as fases do ciclo de processamento de alimentos.

O silicone é fácil de usar, seguro, inodoro, inerte, robusto, flexível e durável. Também é mais tolerante ao calor do que o plástico – é possível ferver, assar e cozinhar nestas embalagens sem risco de deterioração.

É uma opção mais segura do que o plástico. Médicos, ONGs e organizações de saúde são unânimes: os plásticos utilizados em recipientes podem transmitir químicos prejudiciais, como o bisfenol-A, para os alimentos e bebidas.

Onde aplicar: sacos de plástico e embalagens.

4. Bagaço de cana-de açúcar

O bagaço é um subproduto da cana-de-açúcar. Antes de ser processado e transformado numa bebida, o bagaço é uma polpa e pode ser utilizado como biocombustível (etanol) ou como substituto da madeira, papel e papelão.

A preocupação com a sustentabilidade fez com que empresas do mundo todo redescobrissem este material e começassem a utilizá-lo na produção de embalagens para alimentos, incluindo recipientes, tigelas, pratos e copos. O bagaço da cana é 100% biodegradável e compostável.

Nas condições certas, uma embalagem de bagaço pode ser decomposta em apenas quatro semanas. Uma garrafa de plástico comum (PET) pode demorar cerca de 450 anos para desaparecer.  

Os recipientes produzidos com este material e voltados para o uso alimentar são muito robustos e resistem bem ao calor e ao frio.

Onde aplicar: recipientes, tigelas, pratos e copos.

5. Bambu

O bambu é um material natural e renovável. Por ser muito fácil de cultivar, o bambu é visto como um dos melhores materiais para a criação de embalagens ecológicas e sustentáveis. O bambu não precisa de pesticidas, nem de muita água para crescer. Além de eliminar o dióxido de carbono do ar, ele pode ser usado numa gama infinita de produtos.

O bambu é 100% biodegradável, leve e durável, razões mais do que suficientes para ter sido escolhido por tantas empresas nos últimos anos. Grandes redes como a Walmart e a Target foram rápidos na integração do bambu nas suas operações e produtos. E tecnológicas como a Dell repensaram todas suas embalagens e começaram a utilizar este material.

Os produtos de bambu são ecológicos, desde que não tenham sido processados quimicamente, o que significa que nenhum químico nocivo foi adicionado.

Onde aplicar: escovas, esponjas e recipientes.

6. Cogumelos

Quando a IKEA anunciou que as suas embalagens passariam a ser feitas à base de cogumelos, acabou surpreendendo muitos na indústria de packaging. Mas, para quem conhece as propriedades deste material, havia poucos motivos para duvidar do seu potencial.

Afinal, os cogumelos podem ser cultivados numa semana em ambiente controlado, e utilizando os resíduos agrícolas (cascas e sementes) como matéria-prima. Estes, prensados na forma desejada e polvilhados com esporos de cogumelos.  Após alguns dias, os esporos geram micélios que se infiltram no material e, por fim, une-os. O novo material de embalagem é tratado termicamente para eliminar os esporos e prevenir o crescimento posterior, produzindo um recipiente totalmente seguro.

O resultado é uma embalagem durável e, ao contrário do plástico, demora apenas algumas semanas para se decompor completamente.

Onde aplicar: embalagens alimentares.

7. Papel e papelão

Antes do advento da “vida descartável”, milhões de pessoas e empresas embrulhavam produtos em papel comum ou cartão/papelão. Era, e continua sendo, uma opção segura para o contato com produtos alimentares e é totalmente degradável de forma orgânica.

No entanto, o papel não pode ser reciclado infinitamente porque cada vez que é reutilizado as fibras ficam mais curtas, limitando o seu uso. Mas é, ainda assim, uma alternativa barata, o que tem levado muitas empresas a retomarem a prática de embalar em papel ou cartão.

É o caso da Puma, que desde 2010 tem substituído as caixas de sapatos por uma versão mais sustentável, sem plástico. Segundo a marca, esta mudança poupa ao planeta cerca de um milhão de litros de petróleo, todos os anos.

Onde utilizar: sacos e embalagens.

Na Somengil, estamos contribuindo para um mundo menos descartável. De acordo com a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), as embalagens descartáveis representam quase metade de todos os resíduos sólidos municipais. Só em 2014, dos 258 milhões de toneladas de desperdício sólido urbano, mais de 63% eram de materiais de embalagem, sendo que apenas 35% foi efetivamente reciclado.

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