Desinfeção hospitalar: protagonista improvável

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Quando John Harrison se deslocou ao hospital para uma cirurgia de rotina ao ombro, contava ter alta no dia seguinte e passar uma noite tranquila de internamento por precaução. No entanto, os dias que se seguiram foram tudo menos de rotina. Após a cirurgia, a cicatriz tornou-se vermelha brilhante, quente ao toque e expelia um líquido espesso. Alarmado, John regressou ao hospital para um check-up de emergência.

Naquela noite, os cirurgiões abriram o ombro de Harrison e descobriram a real extensão da infeção. Os parafusos de metal que os cirurgiões colocaram no ombro estavam soltos. As suturas, desfeitas. A cirurgia de urgência que se seguiu foi o primeiro passo de uma longa luta que, durante meses, deixou John dependente de enfermeiras contratadas, incapaz de se vestir, tomar banho ou trabalhar, e a temer pela vida. Infelizmente, casos de falta de desinfeção hospitalar como este ocorrem um pouco por todo o mundo e com maior frequência do que o que se poderia pensar.

O que é a desinfeção hospitalar?

As pessoas que vão aos hospitais esperam ser tratadas e examinadas com equipamentos limpos e higiénicos. No entanto, as infeções transmitidas por equipamentos médicos ainda são uma realidade e a desinfeção hospitalar é um desafio até para as equipas mais competentes.

A desinfeção reduz o número de micro-organismos a um nível em que não reapresentam risco para os utentes ou profissionais de saúde. Este procedimento é especialmente relevante em utensílios médicos críticos que estão regularmente em contacto com os doentes. No entanto, nem sempre é fácil seguir as rotinas recomendadas e alguns utensílios em particular podem ser especialmente desafiantes.

Porque é que a desinfeção hospitalar é tão desafiante?

A desinfeção hospitalar de um dos equipamentos médicos mais utilizados no dia-a-dia, os endoscópios, ilustra bem as dificuldades no terreno.

Os médicos usam endoscópios para diagnosticar e tratar vários distúrbios. Embora os endoscópios representem uma valiosa ferramenta, a incidência de infeção associada ao seu uso é superior a qualquer outro utensílio médico. Para evitar infeções, os endoscópios devem ser adequadamente limpos e submetidos a desinfeção hospitalar após cada uso. Um estudo mostra que basta mergulhar um endoscópio numa solução própria durante 20 minutos para eliminar a carga microbiana do equipamento e o perigo de propagação de doenças. Então, porque continuam a surgir casos de infeção associados ao seu uso? Porque é que os endoscópios continuam a apresentar quantidades significativas de bactérias, mesmo após a sua limpeza?

Por um lado, o design complexo dos endoscópios e os materiais delicados dificultam a limpeza prévia à desinfeção industrial. São também equipamentos fáceis de danificar, o que faz com que se possam formar zonas de difícil limpeza. Por fim, em muitos casos não é feita a seleção correta do agente desinfetante ou não são seguidos os procedimentos recomendados de limpeza e desinfeção. Todos estes são problemas comuns em tarefas manuais, em que uma distração pode custar vidas. E este não é um problema limitado aos endoscópios.

Entre 2010 e 2015, 41 hospitais nos EUA reportaram casos de duodenoscópios que transmitiram uma bactéria mortal resistente a antibióticos a mais de 300 pacientes. Motivo? O design dos tubos flexíveis, que descem pela garganta, através do estômago e do intestino delgado, e que fazem com que o dispositivo retenha as bactérias.

No Colorado, dezenas de pacientes desenvolveram infeções graves – de E. coli a hepatite B, meningite – na corrente sanguínea após as cirurgias e decidiram processar o hospital. Um paciente morreu após desenvolver uma pneumonia após a cirurgia de rotina para tratar uma fratura de fémur.

A falta de desinfeção hospitalar é um problema grave e transversal à sociedade que anos de formação, melhorias no design dos equipamentos, novos materiais e protocolos não conseguiram resolver. O que podem então fazer os hospitais para resolver o problema? As novas tecnologias de desinfeção oferecem uma parte importante da resposta.

Como conseguir a desinfeção hospitalar?

O objetivo da desinfeção hospitalar é garantir que os utensílios, ferramentas e equipamentos utilizados não propagam doenças. Este processo pode demorar entre 10 minutos e 12 horas, e depende de vários fatores como a limpeza prévia do objeto, a carga orgânica e inorgânica presente, o tipo e nível de contaminação microbiana, a concentração e tempo de exposição ao agente químico desinfetante e ainda a natureza física do objeto (por exemplo, fendas e dobradiças).

Com tantas variáveis em jogo, a utilização de equipamentos de lavagem industrial com capacidade de desinfeção é fundamental para garantir a segurança tanto dos pacientes como dos profissionais de saúde.

A MultiWasher Healthtech é uma máquina de lavar de última geração desenvolvida pela Somengil para o setor hospitalar, e recorre a uma combinação única de altas temperaturas e detergentes ecológicos para atingir um grau de limpeza que elimina o risco de propagação de doenças. Esta máquina adapta automaticamente os principais parâmetros de lavagem (temperatura, água, detergente e velocidade) em função do que está a lavar, para garantir que cada utensílio é cuidadosamente desinfetado. Desta forma, consegue desinfetar de forma eficiente utensílios de cozinha.

Esta máquina de lavar com capacidade de desinfeção não se limita a limpar – desinfeta o equipamento para garantir que é seguro para reutilização. Este processo, se for executado de forma controlada, automatizada e estável, traz benefícios para todos os intervenientes no processo: poupa tempo e consegue resultados consistentes, ciclo após ciclo de lavagem. A MultiWasher está ainda equipada ainda com um painel de controlo intuitivo, para que seja ainda mais rápido escolher um dos ciclos pré-programados e verificar os resultados obtidos. Entre em contacto para ver a diferença.

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